A
deficiência sensorial e a importância da qualificação e conhecimento
A ignorância
da pessoa comum em relação à situação da pessoa com deficiência sensorial é uma
tragédia que agrava brutalmente a situação de seres humanos que poderiam ter
vida plena dentro de suas possibilidades.
O pesadelo é
grave pois no Brasil o sistema médico é precário, as escolas e creches
insuficientes e tratadas como prioridade indesejável e tudo o que uma família
precisa para atender seus filhos com deficiência, principalmente uma boa
orientação, é um jogo de xadrez caro e complexo.
Lamentavelmente
atavismos, preconceitos, vedetismos, opções e obsessão por semântica atrasaram
demais propostas objetivas de atendimento a pessoas com deficiência. Agora, com
a crise econômica, tudo fica mais difícil. Não fosse a qualidade crescente das
redes sociais (que a mídia comercial e políticos desonestos fazem de tudo para
travar) estaríamos perdidos ou pessimamente atendidos.
No caso da
surdez, usando-a como exemplo de caso, sentimos todo o drama de uma família e
filhos que careciam de boas orientações. Escandalosamente acabamos descobrindo,
inclusive, que problemas foram agravados provavelmente por omissão de
informação de especialistas.
Precisamos
de informação confiável, segura. Quem pode dá-las?
Felizmente
existem entidades sem fins lucrativos e que não dependem de propaganda para
sobreviverem, com elas esperamos motivar, estimular, empolgar lideranças que
liderem a criação de produtos e ações educativas, principalmente.
Imaginamos o
abandono de famílias isoladas até no meio de cidades grandes que descobrem que
precisam de uma estratégia em relação a um filho(a) pequeno(a) que é pessoa com
deficiência.
O que fazer?
Onde? Como?
No LD1,
Lions Clube, temos essa preocupação. O primeiro passo é conscientizar, saber,
conhecer. Tendo convicções poderemos levantar recursos e fazer o que estiver ao
nosso alcance. Precisamos, contudo, de boa vontade.
É importante
que num planeta que tem um (1) bilhão de pessoas com deficiência(s) o tema seja
importante. Acidentes, remédios errados, sequelas de cirurgia(s), doenças
crônicas e o envelhecimento poderão transformar pessoas sem problemas em gente
com deficiência. Ou seja, ninguém está livre desse desafio.
Precisamos,
pois, ter em nossa agenda permanente pensar na autonomia, tratamento, prevenção
e dignidade da pessoa com deficiência(s), seja ela recém nascida ou idosa.
Isso implica
também em urbanismo, arquitetura, engenharia, normas técnicas, medicina,
psicologia, sociologia etc.; acessibilidade e inclusão em todos os lugares
assim como educação de todos. Percebemos que há muito a fazer e ninguém é dono
da verdade.
Mais uma
vez, graças à internet podemos manter diálogos produtivos com qualquer pessoa,
onde ela estiver. Viajar e encontros presenciais podem ser bons, mas nem todos,
ou melhor, a imensa maioria não pode dispor de seu tempo, expor-se (saúde),
gastar dinheiro, enfrentar longas viagens e participar de reuniões raramente
produtivas. Via e-mails, filmes, blogs, portais, redes sociais e até DVDs, pen
drives, cartas e sabe-se lá
o que virá poderemos criar associações e grupos de aconselhamento, estudos e
orientações. Quem realmente quer trabalhar não há desculpa, é só querer.
Vivemos no
século 21, é fácil criar e desenvolver soluções à distância. Difícil será
superar a demagogia, a corrupção, a irresponsabilidade que pulverizam nossos
recursos, tornando a situação do atendimento à pessoa com deficiência uma das
últimas prioridades...
Cascaes
29.8.2015
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