quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Quedas de idosos - um caso - as calçadas de Curitiba M2U01173

Um acidente com uma senhora idosa em Curitiba


 Bom dia! Um dica numa calçada na 7 de setembro e quebrei meu.pulso esquerdo  Ninguém me olhou. Chamei um.taxi e fui pra Clinica de fraturas . Tive que operar por.placa  e parafusos. Estou com êles até hoje  Mas tem que ter paciência  e levar a vida  Melhoras Iza

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

quarta-feira, 28 de junho de 2023

convite

 


quinta-feira, 14 de julho de 2022

sábado, 11 de dezembro de 2021

LÚCIA MIYAKE - WEBINAR

 

Fui convidada para coordenadora no Brasil/português. Conto com a participação de todos.
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Vamos refletir juntos sobre a cultura de acessibilidade e compartilhar experiências sobre como construir um mundo sem barreiras arquitetônicas, tecnológicas, culturais ou sociais que possam excluir muitas pessoas de participar plenamente da sociedadade.
🦻🏽🦿👩🦽👨🦼👩🦯👨🦯
O webinar será realizado em cinco edições lingüísticas para facilitar a troca de ideias.
🗓️ SEXTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO:
🇮🇹- _Italiano:_ 18:00 (HORÁRIO ITALIANO)
🇪🇸- _Espanhol:_ 21:00 (HORARIO DE MADRID)
🗓️ SÁBADO, 11 DE DEZEMBRO:
🇬🇧- _Inglês:_ 14:00 (HORÁRIO ITALIANO)
🇫🇷- _Francês:_ 17:00 (HORÁRIO DE PARIS)
🇧🇷- _Português:_ 16:00 (HORÁRIO DE BRASILIA)
Zoom ID: 833 5058 5241
Código de acesso: 134163
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Este webinar é parte do projeto Ambiente Acessível, Sociedade Inclusiva, promovido pela Cultura do Diálogo de Saúde dentro da Campanha Dare to Care de Pathway deste ano.

sábado, 4 de setembro de 2021

terça-feira, 24 de agosto de 2021

WeThe15

............................................................................................................................#WeThe15 #Paralympics #ChangeStartsWithSport WeThe15 121.548 visualizações • Estreou em 18 de ago. de 2021 • People with disabilities make up 15% of the world’s population. Let’s break down the barriers that keep us apart. #WeThe15 View the audio described version here: https://youtu.be/X6DmzwBTRwo WeThe15: A global human rights movement for the 1.2 billion persons with disabilities • Multiple international organisations unite for decade-long campaign to transform the lives of 1.2 billion people • Campaign led by International Paralympic Committee, International Disability Alliance, UN Human Rights, UNESCO, UNAOC amongst others • For the first time ever, IPC, Special Olympics, Invictus Games and International Committee of Sports for the Deaf collaborate • Airing of campaign film, symbol unveil and iconic purple landmark light-up highlight today’s launch Multiple leading international organisations have united to launch WeThe15, which aspires to be the biggest ever human rights movement to represent the world’s 1.2 billion persons with disabilities. Launched ahead of the Tokyo 2020 Paralympic Games, WeThe15 aims to end discrimination towards persons with disabilities and act as a global movement publicly campaigning for disability visibility, accessibility, and inclusion. Spearheaded by the International Paralympic Committee (IPC) and International Disability Alliance (IDA), WeThe15 brings together the biggest coalition ever of international organisations from the worlds of sport, human rights, policy, business, arts, and entertainment. Together they will work with governments, businesses, and the public over the next decade to initiate change for the world’s largest marginalised group who make up 15% of the global population. Harnessing sport’s unique ability to engage massive global audiences and create positive change, the IPC, Special Olympics, Invictus Games Foundation and the International Committee of Sports for the Deaf (Deaflympics) have teamed up for the first time in history. The four organisations will use the profile of their international sport events and athlete communities to further raise awareness and understanding of the issues facing persons with disabilities around the globe. Joining the sport organisations in this decade of action are International Disability Alliance, UN Human Rights, UNESCO, the UN SDG Action Campaign, the European Commission, The Valuable 500, Global Citizen, Global Disability Innovation Hub, the UN Alliance of Civilizations (UNAOC), International Disability and Development Consortium, C-Talent, Global Goals Advisory, ATscale – the Global Partnership for Assistive Technology, Zero Project, and the Global Alliance of Assistive Technology Organisations (GAATO). Aligned with the UN 2030 Agenda for Sustainable Development and the Convention on the Rights of Persons with Disabilities, WeThe15 aims to change attitudes and create more opportunities by: • Putting persons with disabilities at the heart of the diversity and inclusion agenda • Implementing a range of activities targeting governments, businesses, and the public to drive social inclusion for persons with disabilities • Breaking down societal and systemic barriers that are preventing persons with disabilities from fulfilling their potential and being active members of society • Ensuring greater awareness, visibility, and representation of persons with disabilities • Promoting the role of assistive technology as a vehicle to driving social inclusion For more information go to https://www.wethe15.org The International Paralympic Committee's vision is to make for an inclusive world through Para sport. Our mission is to lead the Paralympic Movement, oversee the delivery of the Paralympic Games and support members to enable Para athletes to achieve sporting excellence. SUBSCRIBE for more great Paralympic content ▶ https://www.youtube.com/c/paralympics More information about the Paralympics can be found on the Paralympic website ▶ https://www.paralympic.org/ Like and follow the Paralympic Games @Paralympics Facebook ▶ https://www.facebook.com/paralympics Twitter ▶ https://twitter.com/Paralympics Instagram ▶ https://www.instagram.com/paralympics #Paralympics #ChangeStartsWithSport #WeThe15 LICENSE Paralympic footage via IMG REPLAY ▶ https://bit.ly/34Vls03 Sugerido por [Merlin] Phoenix Music International Classic Reggae Covers Mix - Band of Gold, Spanish Harlem, Wonderful World and more | Pama Records Música neste vídeo Saiba mais Ouça músicas sem anúncios com o YouTube Premium Música The Champ (Original Version) Artista The Mohawks Álbum The Champ Licenciado para o YouTube por [Merlin] Phoenix Music International (em nome de Phoenix Music International); BMI - Broadcast Music Inc., Warner Chappell, LatinAutor - PeerMusic, LatinAutorPerf, UMPG Publishing, Wise Music Group, Broma 16, LatinAutor, CMRRA e 17 associações de direitos musicais

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Olimpíadas de ações e soluções a favor da PcD

...............................................................................................................................Concursos premiando TA e ações a favor da PcD, Olimpíadas de Inovações e Ações a favor da Pessoa com Deficiência, inovação, TA, Tecnologia Assistiva, ODS, ONU, promoção de soluções a favor da pessoa com deficiência

sábado, 24 de julho de 2021

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Let's build a world where sign language is as common as speaking | Kyle ...

....................................... TEDx Talks 31,9 mi de inscritos The majority of communication is non-verbal. And yet, for deaf children, we typically only prioritize providing an implant or hearing aid. Kyle DeCarlo argues that we're asking the wrong question: the question is not how can we give a deaf baby access to sound, but how can we give them access to language. Kyle DeCarlo is a TED Global Fellow and is a founder of the Deaf Health Initiative, a 501(c)(3) not-for-profit organization bringing together organizations, policy makers, and world renowned researchers to address social and health issues which negatively impact the Deaf community. Through advocacy, policy, and the creation of new technologies, DHI works to forge coalitions and campaigns that improve the public health and wellbeing of the Deaf community. This past year, Kyle was named a TED Global Fellow as part of the TED organization’s “Builders. Truth-Tellers. Catalysts.” cohort. Kyle is a graduate of Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Dept. Health Policy & Management, where he earned his graduate degree in public policy. This talk was given at a TEDx event using the TED conference format but inde

sábado, 19 de junho de 2021

Azulão, ônibus expresso, Ligeirinmhoe o pedestre em Curitiba

.......................Sinalização dos ônibus, alertas luminosos, segurança dos pedestres, URBS, canaletas, Ligeirão, Azulão, Ligeirinho, ônibus expresso, esquinas perigosas, visualização dos ônibus, insegurança pedestres

segunda-feira, 26 de abril de 2021

OSCAR 2021 e a pessoa com deficiência(s)


 Será que o Brasil acorda para a existência das pessoas surdas?

Nosso atual Presidente encantou e ainda empolga ao usar intérpretes LIBRAS em suas apresentações públicas. Sua esposa, além de bonita, deve ter estimulado Jair Messias Bolsonaro a pensar nas pessoas com deficiência auditiva ou surdas.

Ontem, dia 25 de abril de 202 (G1)1, aconteceu a premiação do Oscar 2021. Maravilhosamente pudemos ver filmes selecionados de boa qualidade social e na premiação o destaque para a surdez em histórias comoventes.

Estamos muito distantes, no Brasil, da plena inclusão da pessoa surda. Nas escolas a legislação complicadora para a presença de intérpretes formalizou uma profissão que precisará de décadas para ser aplicada integralmente. É o Brasil Maravilha que não existe.

Pior ainda na vida comum onde as pessoas idosas, por exemplo, muitas dependendo de aparelhos auditivos ou totalmente surdas acabam se isolando. É terrível perceber a incompreensão do que seja não ouvir direito, algo que pode agregar deficiência intelectual ou próteses mal escolhidas para quem pode comprá-las.

Em família temos experiências tristes e até desastrosas com nossos mais próximos. Deles, principalmente do caçula, relatos do que significa viver e transitar por países mais desenvolvidos na inclusão.

Para nós que gostamos de viajar cresce a insegurança no Brasil, será que estaremos seguros? Seremos respeitados?

Não há necessidade de viajar, contudo. Basta viver a cidade. Acessibilidade e segurança real para a pessoa idosa, debilitada, com deficiência(s), crianças e até o cidadão comum é desmentido pelos acidentes diários.

 

João Carlos Cascaes

Curitiba, 26 de abril de 2021

G1. (s.d.). Oscar 2021: veja vencedores. Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/oscar/2021/noticia/2021/04/25/oscar-2021-veja-vencedores.ghtml 

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Combate ao Coronavirus Covid-19 (surdos) (LIBRAS)







528 inscritos
INSCRITO


TEXTO PRA INTERPRETAÇÃO EM LIBRAS E LEGENDADO

O IFPB PREPAROU UM MATERIAL PRA TE DEIXAR INFORMADO SOBRE O CORONAVÍRUS. SAIBA O QUE É A INFECÇÃO, QUAIS SÃO OS SINTOMAS E COMO AGIR PARA EVITAR A DISSEMINAÇÃO.

Vídeo voltado para os alunos surdos do IFPB e também para toda comunidade surda!

Coronavírus: informações em Libras para a prevenção ao vírus Covid-19







Este vídeo é voltado a Comunidade Surda e esclarece a importância de suspender as aulas temporariamente e de tomar algumas atitudes coletivas e individuais para lidar com o cenário atual sobre o Coronavírus. Se desejar, ative a legenda automática do YouTube para assistir o vídeo traduzido em português escrito.
Para mais informações, acesse www.ufcspa.edu.br/coronavirus

#coronavirus #covid19 #inclusao #surdos #libras #prevencao #ufcspa #saude
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Covid-19: voluntários atuam para suprir informações em Libras

Covid-19: voluntários atuam para suprir informações em Libras

Conteúdo não supre demanda de pessoas surdas por dados

Publicado em 09/05/2020 - 10:47 Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Enquanto a maior parte da população brasileira é bombardeada com informações oficiais e notícias sobre o novo coronavírus, esse conteúdo não chega na mesma medida às pessoas surdas ou com deficiência auditiva que estão dependendo de ações voluntárias para ter acesso a dados corretos e explicações sobre a covid-19. Angústia, abandono, desespero e pânico são os sentimentos descritos por essas pessoas neste momento.
É assim para a professora universitária Carilissa Dall’Alba, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ela é surda e tem o português como segundo idioma, depois da Língua Brasileira de Sinais (Libras), então se mantém informada pela leitura. “Mas fico muito tensa quando os telejornais não têm legendas, fico perdida e angustiada. Fico muito preocupada com os surdos que não têm acesso à língua portuguesa e não compreendem bem as escritas, eles estão pedindo informações nas redes sociais por estarem perdidos e isso me dói”, contou à Agência Brasil.
Para ela, as redes de apoio de intérpretes de Libras são muito importantes, mas não conseguem suprir a demanda de informação e ter o alcance necessário. A professora acredita, por exemplo, que é um direito linguístico e humano dos surdos que os telejornais, nos canais abertos de televisão, como concessões públicas, utilizem legendas e intérpretes de Libras. “Os surdos que não têm redes sociais estão em maior risco com falta de informações preventivas”, argumentou, alertando ainda para as fake news.
De acordo com os dados do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9,7 milhões de brasileiros são surdos ou têm algum tipo de deficiência auditiva. Na Pesquisa Nacional de Saúde 2013, também do IBGE, cerca de 2,2 milhões de pessoas declararam ter deficiência auditiva. O grupo representa 1,1% da população brasileira.
O Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal de Santa Maria, onde Carilissa dá aula de Libras, criou um canal no facebook para transmitir informações articuladas sobre a pandemia aos surdos.

Sem fake news

Também no facebook, a educadora e intérprete de Libras Ângela Russo, junto com um colega do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também criou o grupo Central Libras/Coronavirus. “A gente sabe que a grande mídia não passa as informações em Libras, então tivemos a ideia de criar o grupo com o objetivo de interpretar notícias e informações oficiais do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, para que as pessoas surdas pudessem ter informações corretas”, explicou.
O grupo também compartilha materiais produzidos por outras entidades e órgãos públicos. Mas a interpretação tem que ser de qualidade e a informação séria e correta, sem fake news. O uso desses filtros, segundo Ângela, já criou um vínculo de confiança com as pessoas e, desde 17 de março, o grupo já atraiu mais de 9 mil membros.
A rede de intérpretes também cresceu e, para Ângela, isso vai ajudar na sustentabilidade do grupo em longo prazo, já que há informações novas todos os dias. No início, eram produzidos cerca de 20 vídeos ao dia e com as informações básicas, sobre a forma correta de lavar as mãos e usar a máscara, a importância do isolamento e outras medidas, que não chegam corretamente até as pessoas surdas.
Em um dos vídeos, Ângela recomenda o uso do aplicativo Coronavírus-SUS, do Ministério da Saúde, que, segundo ela, apesar de ser apenas em português e não ter interpretação, têm dados básicos para as pessoas se informarem. “Cada um contribui com o que pode. Estamos tentando, na medida do possível, dar conta dessa parcela da população que fica à margem desse turbilhão de notícias que a gente [pessoas ouvintes] recebe, para alertar o pessoal que é grave mesmo”, disse.
A auxiliar administrativa Joana D'Arc Cavalcante, de Brasília, é surda e acredita que os órgãos públicos deveriam criar canais de comunicação em Libras, principalmente nas redes sociais. “Alguns surdos só estão informados por causa dos vídeos no instagram”, disse, explicando que há diferentes níveis de compreensão entre os surdos e as pessoas com deficiência auditiva e que o conteúdo pode ser ajustado para compreensão de todos.
Joana-darc da Silva Cavalcante, intérprete de Libras
Joana D'arc da Silva Cavalcante, portadora de deficiência auditiva - Arquivo pessoal

Profissão intérprete

Para a professora Carilissa, a pandemia e o isolamento mexeram muito com as nossas emoções, e a rede de intérpretes voluntários mostra a empatia e a humanidade das pessoas neste momento de incertezas. Mas ela reforça que a acessibilidade para pessoas com deficiência ainda é muito precária no país, e os interpretes merecem ser reconhecidos como os profissionais qualificados que são. “Não é certo colocar voluntários para atender às pessoas com deficiências. Não queremos assistencialismo”, destacou. “Os intérpretes estão se matando para deixar os surdos informados. É triste precisar de voluntários em um país que pode dar suporte para surdos”.
A educadora Ângela concorda, mas diz que, para ela, neste momento, é a contribuição que pode dar como servidora pública, assim como outros intérpretes de universidades federais que estão trabalhando remotamente e dedicam tempo significativo para manter a comunidade surda bem informada. “As pessoas nos reconhecem como confiáveis”, disse.
Ela faz um alerta, entretanto, sobre pessoas que não são interpretes, mas acabam se vendendo para fazer esse trabalho. Ângela citou o caso do pronunciamento de um gestor público em que o intérprete que o acompanhava não era qualificado e, claro, os surdos perceberam. Segundo ela, a Federação Brasileira das Associações dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Língua de Sinais (Febrapils) e a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) estão atentos e podem orientar os gestores.
A Febrapils também divulgou um documento com orientações de segurança aos interpretes. Segundo Ângela, um colega intérprete, que acompanhava o prefeito de uma capital em pronunciamento, morreu, aos 34 anos, vítima do coronavírus. Ela explica que é comum levar as mãos ao rosto na hora de sinalizar, por isso é preciso que o intérprete se higienize constantemente.
A Língua Brasileira de Sinais é, assim como o português, idioma oficial do Brasil desde 2002, mas tem estrutura gramatical própria que não está vinculada à língua oral, com interpretações das expressões manual, corporal e facial.

Uso de máscaras

A fonoaudióloga Cristiane Scardovelli é coordenadora de Saúde do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP) em Brasília, instituição credenciada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal para atendimento a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Como presta serviços de saúde, permanece aberto com a adoção de medidas de prevenção à disseminação do novo coronavírus, como espaçamento e higienização.
Cristiane explicou à Agência Brasil que há realidades variadas entre surdos e pessoas com deficiência auditiva, como aquelas que podem ser alfabetizadas em português, as que tem resquícios de audição e implantes, as que conseguem desenvolver a leitura labial, além da Libras. O uso da máscara prejudica a comunicação em todos esses casos.
Os profissionais da unidade passaram a usar máscaras transparentes, que deixam os lábios à mostra, para fazer leitura labial. Outra opção disponível é o face shield, uma máscara feita de plástico transparente que cobre o rosto todo. Nesse último caso, a fonoaudióloga explicou que há uma perda na acuidade de 15 a 20 decibeis na emissão do som. Por isso, os profissionais do Ceal-LP passaram também a subir o tom de voz. 
A auxiliar Joana D'Arc é surda oralizada, ou seja, consegue fazer leitura labial. Ela trabalha no Ceal-LP e entende a necessidade do uso das máscaras como forma de prevenção ao coronavírus, mas sente a dificuldade em dialogar sem a leitura labial. 

Atendimento médico

Por isso, Joana já prevê dificuldades, caso venha precisar de atendimento médico em hospitais. Mesmo antes da pandemia, segundo ela, as consultas são muito rápidas e o médico não pára para entender as queixas do paciente surdo. Agora, o uso constante da máscara pode atrapalhar ainda mais. “Seria interessante o uso [pelos médicos] de máscara que favorece a leitura labial”, opinou.
Para a professora Carilissa, as equipes de saúde não estão preparadas. “Até hoje não encontrei um surdo que teve covid-19 ou suspeita, que foi atendido com intérprete de Libras. Não podem ir com família. Tudo é sozinho. [Os médicos] escrevem para eles nos papéis, mas tem surdos que não sabem ler, e a linguagem da área de saúde é complicada. E as máscaras que não podem ser retiradas agora? Assim não conseguimos ler os lábios. Situação complicada. Nenhuma unidade de saúde está preparada para atender surdos”, lamentou.
O problema não é restrito ao sistema público. Segundo Carilissa, o seu plano de saúde privado também não oferece suporte de comunicação em Libras. A professora sugere a criação de um canal para os surdos ligarem nos postos de saúde e hospitais ou uma plataforma de vídeo, por exemplo, com intérpretes para intermediar a consulta médica. Ou mesmo, a presença de intérpretes de Libras com fluência.
No Distrito Federal, por exemplo, o governo local iniciou um projeto de formação em Libras para profissionais de saúde. Já foram treinados 217 servidores da assistência à saúde que atendem diretamente à população. Uma lei distrital (n° 6.300/2019) assegura a disponibilização de profissional apto a se comunicar em Libras nos órgãos da rede pública de saúde.
Segundo a diretora de Desenvolvimento Estratégico de Pessoas da Secretaria de Saúde, Diluana Oliveira, os próprios pacientes surdos indicam para os amigos e familiares e, com isso, alguns hospitais tiveram aumento na demanda por se tornarem referência. O atendimento é feito desde a classificação - assim que o paciente é categorizado, o profissional da saúde o acompanha na consulta com o médico, exames e medicação.
A Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF também preparou informações sobre a covid-19 e orientações específicas a esse público. Aqueles com deficiência auditiva, usuários de Libras, terão um plantão de serviços da Central de Interpretação de Libras (CIL), por meio de videochamada. Basta ligar no número (61) 99260-1041 ou pelo e-mail gl@sejus.df.gov.br.
Matéria alterada às 18h16 do dia 10/05/2020 para acréscimo de informação